Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saber mais.

Ténis nos Jogos Olímpicos: as desistências e os cabeças-de-série

Ténis nos Jogos Olímpicos: as desistências e os cabeças-de-série

O início do Ténis nos Jogos Olímpicos está ao virar da esquina.

Neste artigo, abordamos os reais motivos que guiaram vários tenistas, principalmente dentro do top 50, a desistirem da competição, onde seguir os jogos e quem são os cabeças de série.

por Academia   |   comentários 0
Thursday, July 22 2021

Qual é o atleta que não ambiciona marcar presença nos Jogos Olímpicos e defender as cores da sua nação? A resposta, à partida, é clara, mas, ao que parece, existem atletas de uma prova que foge à regra: o ténis.

A modalidade do ténis nos Jogos Olímpicos perdeu vários jogadores(as) de peso, tanto do lado masculino como no feminino. Rafael Nadal, Roger Federer, Simona Halep e Serena Williams estão no topo desta lista de ausências, que traçamos abaixo.

Desistências na competição masculina do ténis nos Jogos Olímpicos

Rafael Nadal (3.º), Dominic Thiem (6.º), Matteo Berretini (8º), Roger Federer (9.º), Denis Shapovalov (10.º), Roberto Bautista (14.º), Casper Ruud (16.º),Cristian Garín (18.º), Alex De Minaur (19.º), David Goffin (20.º), Grigor Dimitrov (21.º), Milos Raonic (22.º), Jannik Sinner (23.º), Daniel Evans (28.º), Stan Wawrinka (30.º), Cameron Norrie (32.º), Reilly Opelka (33.º), John Isner, 34.º), Borna Coric (35.º), Albert Ramos (41.º), Adrian Mannarino (42.º), Dusan Lajovic (43.º), Filip Krajinovic (44.º), Federico Delbonis (48.º), Lloyd Harris (50.º).

Desistências na competição feminina do ténis nos Jogos Olímpicos

Sofia Kenin (4.ª), Bianca Andreescu (5.ª), Simona Halep (9.ª), Victoria Azarenka (14.ª), Serena Williams (16.ª), Angelique Kerber (22.ª), Karolina Muchova (24.ª), Cori Gauff (25º), Madison Keys (26.ª), Daria Kasatkina (31.ª), Sorana Cirstea (37.ª), Johanna Konta (38.ª), Shelby Rogers (40.ª), Svetlana Kuznetsova (41.ª), Danielle Collins (49.ª), Tamara Zidansek (50.ª).

Com estas desistências, apenas metade do top 10 da hierarquia mundial marcará presença em Tóquio: Novak Djokovic, Daniil Medvedev, Stefanos Tsitsipas, Alexander Zverev e Andrey Rublev.

Consulta a nossa página com as melhores casas para apostar em ténis

As principais razões que motivaram às desistências do torneio de ténis nos Jogos Olímpicos

O ténis e o torneio olímpico sempre andaram de costas voltadas, uma vez que a competição nunca foi uma parte importante da temporada. Contudo, o prestígio de vencerem a medalha olímpica e o orgulho de defenderem as cores da sua nação, faz com que muitos procurem esse objetivo. Mas, este ano marcado pela pandemia, promete ser uma exceção à regra.

O primeiro motivo e mais óbvio que levou à maior parte dos jogadores desistirem foi a influência direta ou indireta da pandemia. Não podemos esquecer que foi por esta razão que os Jogos Olímpicos foram adiados em 2020.

Além disso, Tóquio continua a ser uma das zonas mais afetadas com novos casos de Covid-19. O que leva a jogadores a não participarem no evento vai desde o facto de testarem positivo e não haver tempo para recuperarem a tempo até às medidas de segurança impostas pela organização - exemplo disso são os casos de Alex de Minaur, Daniel Evans e da tenista norte-americana Coco Gauff.


Uma das principais restrições que ajudaram a que muitos jogadores desistissem de ir aos Jogos Olímpicos foi o facto que cada atleta apenas poder levar um grupo muito limitado de pessoas. Chegam a ficar de fora desta lista desde preparadores físicos a psicólogos. Este foi um motivo mais forte para a tenista norte-americana Serena Williams desistir, já que não se podia ver acompanhada da sua filha Olympia. Além disso, a famosa “bolha” impedirá os jogadores conviverem uns com os outros e assistirem a outros eventos, mesmo que de outras modalidades. 


Ainda assim, o real motivo parece ser outro. O calendário dos circuitos masculinos e femininos tem sido muito exigente para os jogadores, que acabam por não ter muito tempo de descanso para reporem energias e recuperarem mentalmente para os próximos desafios. Depois de uma série cansativa de jogos na Europa, com os Jogos Olímpicos à porta e o US Open — último “major” da temporada — no final de agosto, teremos jogadores a viajarem entre três continentes, em pouco mais de um mês.  

A importância que cada tenista atribui a cada competição pesa na hora de desistir ou não. No caso do Ténis nos Jogos Olímpicos não é exceção. Apesar do orgulho de representar uma nação, os Jogos Olímpicos são uma competição sem fundos lucrativos para os jogadores ou ganho de pontos para a classificação, pelo menos da parte do torneio. Este modelo faz com que muitos deem prioridade ao Grand Slam

Por fim, e não menos importante, temos a questão das lesões, consequência do calendário exigente e da idade, como é o caso do helvético Roger Federer, ou a ausência dos espectadores nas bancas, que na maior parte dos torneios voltou a ter casa cheia.

Como acontece na maior parte dos torneios que surgem desistências, a organização acaba por substituir estes atletas por outros, respeitando a hierarquia mundial. Porém, como vimos recentemente no Campeonato Europeu de Futebol, a chamada de última hora acaba por condicionar a vida e atuação dos atletas.

Novak Djokovic, número um do ranking ATP, que depois de algum mistério à volta da sua participação ou não nos Jogos Olímpicos acabou por ir. O sérvio pode atingir uma marca invejável no seu currículo, caso consiga a medalha de ouro e vença o US Open — último Grand Slam da temporada — venceria o chamado Golden Slam, que passa por conquistar os quatro Grand Slams e os Jogos Olímpicos no mesmo ano. Até à data apenas Steffi Graf, em 1988, conseguiu este feito notável. Se o concretizar será-lhe entregue em definitivo o título de GOAT (melhor de todos os tempos).  

Fechado o tema das ausências, agora olharemos para a lista de cabeças-de-série: principalmente no feminino, o espetáculo está salvaguardado. 

Os cabeças-de-série masculinos para os Jogos Olímpicos

1.º Novak Djokovic, 2.º Daniil Medvedev, 3.º Stefanos Tsitsipas, 4.º Alexander Zverev, 5.º Andrey Rublev, 6.º Pablo Carreño Busta, 7.º Hubert Hurkacz, 8.º Diego Schwartzman, 9.º Felix Auger-Aliassime, 10.º Gael Monfils, 11.º Aslan Karatsev, 12.º Karen Khachanov, 13.º Lorenzo Sonego, 14.º Ugo Humbert, 15.º Nikoloz Basilashvili e por último o 16.º  Fabio Fognini.

Os cabeças-de-série feminino para os Jogos Olímpicos

1.º  Ashleigh Barty, 2.º  Naomi Osaka, 3.º Aryna Sabalenka, 4.º Elina Svitolina, 5.º Karolina Pliskova, 6.º Iga Swiatek, 7.º Garbine Muguruza, 8.º Barbora Krejcikova, 9.º Belinca Bencic, 10.º – Petra Kvitova, 11.º Jennifer Brady, 12.º Elise Mertens, 13.º Anastasia Pavlyuchenkova, 14.º Maria Sakkari, 15.º Elena Rybakina e por último a 16.º Kiki Bertens.

Onde posso assistir ao torneio de ténis nos Jogos Olímpicos?

O Eurosport é o canal que detém os direitos de transmissão, a nível internacional, dos Jogos Olímpicos até 2024 e tem programada uma megaoperação de cobertura dos Jogos Olímpicos, que não ficará só pela emissão internacional ou através da aplicação.

Além desses formatos, o Eurosport apostará na tecnologia para criar um estúdio virtual de realidade aumentada, ferramenta que tem marcado presença nos Grand Slam, que permite criar um ambiente de análise mais interativo. Esta ferramenta foi testada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang'2018.

A modalidade de ténis entra em ação nos Jogos Olímpicos no dia 24 de julho e encerra com a final no dia 1 de agosto. 


jogos olímpicos, tokyo 2020